O que são critérios Diagnósticos
As crianças comumente iniciam as
primeiras palavras no 1º ano de vida, por isso quando os pais percebem que com
o passar dos meses o filho ainda não produz muitas palavras ou frases buscam
informações ou auxílio especializado.
Ao lermos sobre os sinais que
indicam autismo em uma criança, temos que a intenção e interação comunicativa é
um dos quesitos elencados e amplamente identificados. Por se tratar de uma
função que vai além da comunicação por meio da verbalização, antes inclui
aspectos socioafetivos, de aprendizagem, emocionais e pessoais.
Linguagem x Fala x Comunicação
É comum que haja uma certa confusão sobre estes 3 termos:
Linguagem, fala e comunicação e para falar sobre como eles se configuram em
crianças no espectro autista é importante classificar cada um deles.
A linguagem corresponde ao sistema verbal e não verbal
sendo que no sistema verbal destacam-se as palavras nas formas oral e escrita e
no sistema não verbal incluem-se os gestos, expressões faciais e expressões
corporais.
A fala é o ato motor dos lábios, língua, bochechas e
palato mole, ou seja, é a maneira verbal oral de transmitir mensagens que
envolvem o processo de organização neuromuscular. Assim, por exemplo, em casos
de apraxia de fala nos quais a criança encontra dificuldade em sequencializar
os movimentos há prejuízos nesta função.
A comunicação é a conciliação do aspecto verbal (fala
ou escrita) e não verbal (gestos, expressões faciais, olhar e postura). Dessa
forma, busca-se manter interação e reação do outro ao que lhe é comunicado.
A habilidade comunicativa no TEA
A comunicação é uma habilidade que
tem seu início desde os primeiros dias de vida criança e pode ocorrer por meio
de gestos, expressões faciais, desenhos e da fala. Por meio da interação com o
meio e com o outro é possível estabelecer interações de brincadeiras,
aprendizagem, pensamentos, sentimentos, regras e combinados. Tanto para o
contexto social quanto para desenvolvimento individual a habilidade comunicativa
é muito importante para a criança que está inserida em meios relacionais com
adultos e seus pares, tornando assim possíveis as trocas, externalizações e
construções próprias e coletivas.
Quando as crianças TEA são
verbais orais, ou seja, utilizam a fala, é comum o relato dos pais que observam
ecolalias (que é um tipo de estereotipia) ou discurso espontâneo desconexo com o
contexto situacional e conversacional. Também, em alguns casos há relatos nos
quais a criança não aponta ou expressa-se por meio de outros gestos e
expressões as suas vontades e pensamentos.
Assim, percebemos que comumente
os aspectos da comunicação seja verbal, não verbal ou ambos estão alterados nas
crianças do espectro autista e por isso o processo de desenvolvimento desta
função deve contar com intervenção terapêutica especializada.
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